As informações sobre esta doença, ébola ou febre hemorrágica, não têm como objetivo gerar o pânico, mas sim para prevenção e educação.
O que é o Ébola?
Ébola é uma doença infeciosa viral que provoca febre hemorrágica em seres humanos e nos animais.
O surto desta doença no continente Africano preocupa o mundo
O Ébola surgiu nas selvas de África em 1976, perto do rio ébola, daí o seu nome.
A contaminação começou com o morcego da fruta que comia fruta. Esse morcego ao picar os animais estes morriam. A contaminação aos humanos começou por ser feita através desses animais contaminados. Portanto podemos dizer que a contaminação primária dá-se entre o morcego e os animais, em que o hospedeiro presente no morcego passa para os animais. Faço referência ao facto de que o morcego apesar de ter o hospedeiro não desenvolve a doença, não morre. Uma contaminação secundária acontece quando os animais passam o hospedeiro para o homem.
O Ébola pertence à família filo vírus e tem 5 irmãos gémeos, em que cada um origina uma doença. Há por exemplo o zaire ébola e o sudão ébola. O que neste momento tem atingido os países africanos e, se vem espalhando é o zaire ébolo.
No caso das pessoas contaminadas com este vírus, o zaire ébola, ficam imunes somente a este , pois criam anticorpos para este vírus específico.
A vacina para o ébola está na chamada fase 1, que é a fase de autorização para ser experimentada em humanos. Está previsto para meados de 2015 a saída da vacina para comercialização.
Até lá há que ter em atenção à prevenção, nos cuidados a ter a quem viaja para as zonas afetadas e, também nos cuidados dos profissionais de saúde que recebem as pessoas infetadas.
Neste momento está a ser usada uma terapia chamada "terapia da condolencia" em que as pessoas que já tiveram a doença e foram curadas, doam o seu sangue a quem está doente com o objetivo de criarem anticorpos. Claro que este tratamento não é padronizado, mas tem como único objetivo salvar vidas.
Faço referência que dos 4.500 mortos, 200 são profissionais de saúde, apesar de todos os cuidados. Esta situação só mostra como o vírus é agressivo e mortal.
O vírus não é transmitido pelo ar, mas sim pelas secreções, como vómitos, fezes, sangue e sémen. Só no caso de uma pessoa ter um espirro com secreções, tossir, vomitar ou ter diarreia, aí sim pode transmitir a quem estiver perto de si.
Um aperto de mão não transmite a doença, a não ser que haja secreções do doente, e a outra pessoa tenha um corte, uma unha encravada, ou colocar as mãos na boca ou olhos.
Depois do contacto há um período que varia de 3 a 21 dias em que não há sintomas, nem transmissão da doença.
Os profissionais de saúde estão munidos de proteção, com 2 camadas de roupa, desde luvas, máscara, botas, óculos para não haver hipótese de contágio. Tanto em Dallas como em Espanha os profissionais que foram contaminados, tiveram descuidos no manuseamento das proteções. Em Espanha a pessoa contaminada admitiu ter tocado com a luva no rosto.
Essa roupa de proteção é depois toda incinerada.
Falando agora dos primeiros sintomas da doença são febre, dores de cabeça, mal estar geral e fadiga. Estes sintomas são muito idênticos a uma gripe, e outras doenças mais frequentes, mas há que ter em atenção aos chamados "sintomas endémicos", que é o facto da primeira situação a reportar é, se a pessoa esteve nestes países ou em contacto com alguém que tenha vindo de lá.
Depois dos primeiros sintomas há uma evolução da doença para enjoos, vómitos, dor de garganta, mais tarde os vómitos são acompanhados de sangue.
Do 10º ao 12º dia pode aparecer a diarreia frequente com sangue e hemorragia interna.
Estas hemorragias podem ser também na boca, pele, e por todo o corpo, isto explica-se pelo facto dos vasos sanguíneos ficarem perfurados. Imaginem uma mangueira com furos, é isso que acontece nessa fase aos vasos sanguíneos.
Uma nota muito importante é que a pessoa que é curada fica com o vírus no sangue durante 3 meses podendo contagiar por via sexual, e as mães que estivem a amamentar através do leite materno.
Geralmente as crianças e idosos têm a imunidade mais fraca, mas em relação ao vírus do ébola não há diferença, com a imunidade em alta ou baixa é igual, é um vírus agressivo e mata.
Nos países originários do Ébola desaconselha-se comer a carne crua de animais como o porco espinho e, o antílope.
A terapêutica usada em Espanha e, que pode ter salvo a vida da enfermeira espanhola ajudando a derrotar o vírus zaire ébola, foram dois tratamentos experimentais de forma simultânea, o plasma de um paciente que superou a doença e um antiviral, mas não se sabe o que realmente a fez sobreviver.
Algumas notícias recentes sobre o Ébola:
A Nigéria venceu apenas uma das batalhas contra o ébola
A chegada da doença a lagos, a 20 de julho, através de Patrick Sawyer, um diplomata com dupla nacionalidade norte-americana e liberiana, assustou as autoridades locais.
Patric Sawyer aterrou no aeroporto internacional de Lagos. Sawyer tinha chegado a estar hospitalizado na capital da Libéria, Monrovia, mas contrariou os conselhos médicos e viajou para a Nigéria, através do Togo. No aeroporto da principal cidade nigeriana, Sawyer desmaiou e deu entrada de imediato num hospital. Três dias passaram até lhe ser diagnosticada a febre hemorrágica.
A Nigéria está de parabéns, está de parabéns o grupo de 150 “rastreadores de contactos”, que através da utilização de muitas das técnicas usadas no combate à poliomielite, que levou a cabo “um trabalho de detetive epidemiológico de classe mundial”, como descreveu a OMS, conseguiram controlar a situação.
Angola- Terapeutas tradicionais na Huila capacitados sobre o Ébola
Em Angola trabalha-se muito na prevenção e. depois de terem encerrado algumas fronteiras para evitar o surto, chegou a vez da formação de profissionais de saúde.
O diretor-geral da Saúde português, Francisco George, esclareceu hoje que o vírus do ébola nunca foi detetado num cão, apesar de a infeção ser comum a animais e seres humanos.
“O vírus não foi nunca detetado nesta espécie de mamíferos, neste caso, no cão”, afirmou à agência Lusa.
Contudo, a infeção tem uma “expansão zoonótica”, sendo comum a animais e seres humanos.
Esta notícia acima, e toda a preocupação em volta da possibilidade dos cães serem contaminados, foi devido ao facto da enfermeira espanhola que contraiu a doença, ter estado perto do seu cão.
Segundo teste confirma que enfermeira espanhola está livre do ébola.
A enfermeira espanhola Teresa Romero, em foto cuja data não foi informada, acaricia o cão Excalibur, que foi sacrificado
A enfermeira já está livre do vírus, o segundo exame de sangue da auxiliar de enfermagem Teresa Romero deu resultado negativo para o vírus ébola. A confirmação mostra que a espanhola está livre da doença.
"Foram cumpridos os critérios de cura do vírus ebola estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde", declarou José Ramón Arribas, chefe da Unidade de Doenças Infeciosas do Hospital Carlos 3º. Ela está "completamente curada", disse.
Romero foi a primeira pessoa a contrair o vírus na Europa ao cuidar de dois pacientes com a doença, vindos da África ocidental, onde há epidemia. Um deles era o padre Manuel García-Miguel Pajares Viejo, que morreu.
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